160ª Concentração MGCP em Palmela

Clássicos 14 Jun 2017

160ª Concentração MGCP em Palmela

A uma hora de Lisboa, os participantes desta concentração que se realizou no passado dia 11 de Junho foram até à Rua dos Alegrias, na zona rural de Arraiados, com o Castelo de Palmela vigilante no horizonte. Primeiramente estranharam a edificação, no entanto quando entraram tudo mudou. Do despojamento exterior passou à riqueza, à diversidade e ao pormenor em cada peça. São mais de 600. Foram descobertas, procuradas, adquiridas e reparadas ao longo de 30 anos. Em lugar de destaque lá está a primeira que foi adquirida em 1986. Todas funcionam e têm manutenção assegurada aos seus sistemas, exclusivamente, mecânicos.
 
Alguém com espírito de coleccionismo teve de aliviar a consciência pesada desde a infância, quando a curiosidade levou à destruição de uma “Ariston”. A partir de 2005, algumas cirandaram pelo País e deram-se a conhecer em exposições temporárias. Depois de uma espera de 6 anos, para que o desembaraço administrativo se desse, o projecto do arquicteto português Miguel Marcelino desenvolveu-se entre 2012 e 2015. Inovador e securitário, também ele se inspira naquelas que abriga. Para além da área expositiva possui uma sala documental, auditório, sala multiusos, loja e cafetaria. Abriu ao público em 04.10.2016.
 

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O M.G.C.P. – MG Clube de Portugal não só foi o primeiro clube monomarca a surgir no País, como foi o primeiro a visitar o MMM – Museu da Música Mecânica. Fê-lo no mês em que o proprietário e coleccionador, Dr. Luís Cangueiro, foi agraciado, pela edilidade de Palmela, com a Medalha Municipal de Mérito (grau Ouro) na área da Cultura, por ocasião da comemoração do Dia do Concelho de Palmela. E fê-lo no dia a seguir à recepção dos 3 prémios atribuídos pela APOM – Associação Portuguesa de Museologia que, em cada ano, distingue o que de melhor se faz nos Museus Portugueses. Foram eles: uma Menção Honrosa para o coleccionador; o de Colecção Visitável; e o de Melhor Website (www.museudamusicamecanica.com).
 
“O MMM tem como missão o estudo, preservação, valorização, divulgação e fruição de uma colecção particular representativa da música mecânica, decorrente sobretudo entre os finais do séc. XIX até à década de 30 do séc. XX.”
E está a cumpri-la muito bem e de um modo surpreendente. Depois de almoço e logo ali tão perto fizeram-se 2 provas nas instalações do KIP- Kartódromo Internacional de Palmela graças ao apoio que foi dado por Ana Barroso.
 
Para finalizar a jornada e em plena época de “Mercado Caramelo” impunha-se dar a conhecer a sopa que lhe dá o nome. Ela remonta aos séc. XVIII / XIX altura em que as grandes herdades agrícolas locais como a de Rio Frio contratavam, sazonalmente, trabalhadores rurais que vinham da Beira Litoral e do Baixo Mondego. Muitos por ali ficaram e com eles a “Sopa Caramela”.

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