20º Aniversário CLA: Visita à fábrica e ao museu da Opel na Alemanha

Clássicos 02 Mai 2017

20º Aniversário CLA: Visita à fábrica e ao museu da Opel na Alemanha

Nos passados dias 24 e 25 de Abril realizou-se mais um encontro do Clube Lusitano do Automóvel Clássico, inserido nas celebrações do 20º aniversário do clube, organizado pela Delegação Sul do clube (sendo o 6º encontro organizado pela mesma).
 
No âmbito das celebrações do 20º Aniversário do Clube, decidiu-se homenagear as origens Opel do clube, através da realização de uma viagem de 2 dias até à Alemanha, mais concretamente até à cidade de Frankfurt, para visita guiada à fábrica e museu de clássicos da Opel, localizada na cidade de Russelheim, a cerca de 30 km´s de Frankfurt. Desta feita os clássicos ficaram nas suas respectivas garagens e a viagem foi feita de avião (voos TAP do Porto e Lisboa para Frankfurt) e comboio, já em terras Germânicas.
 
A viagem começou bem cedo, na madrugada do dia 24 de Abril com os associados que residem no Norte e Centro do pais a marcarem presença, logo às 04h30, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, para apanhar o voo de ligação para Lisboa. Chegados ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, encontraram-se com os associados provenientes de Lisboa e do Sul do pais e depois de um alegre convívio e conversa, o grupo, num total de 11 pessoas, seguiu todo junto para a porta de embarque do voo TAP de Lisboa para Frankfurt.
 
Aproximadamente 3 horas depois e após viagem tranquila, aproveitando o dia praticamente de céu limpo por toda a Europa, tendo permitido observar o Norte de Portugal, Norte de Espanha, o golfo da Bizcaia, as cidades de Nantes e Paris e finalmente as planícies francesas e alemães, uma aterragem suave e desembarque tranquilo e sem sobressaltos, o grupo saiu do Aeroporto rumo à estação de comboios. Depois de alguma dificuldade na emissão dos bilhetes de comboio na máquina de venda automática da estação, apenas ultrapassada com a preciosa ajuda de um cidadão Alemão que decidiu destruir o mito da frieza e antipatia dos Alemães, mostrando que também na Alemanha existem pessoas que sabem receber bem e ajudar quem não compreende a língua, o grupo aproveitou a espera pelo comboio (cerca de 1 hora) para almoçar nos restaurantes existentes na estação até à chegada do comboio.
 
Chegados ao centro da cidade de Frankfurt, o grupo seguiu para o Hotel Monopol, nas imediações da estação de comboio, para check-in e pequeno descanso. Dado que não existia qualquer programa oficial para este dia, o grupo decidiu aceitar a sugestão de Bruna Martins e de Tiago Andrade e visitar um dos museus existentes na cidade, o Museu De Artes Aplicadas.
 
Como Frankfurt nos presenciou com um dia “à Portuguesa”, ou seja, temperatura amena e agradável, vento fraco e um sol radioso, o grupo seguiu a pé, atravessando o rio Meno pela ponte Friedensbrucke, fotografando a imponente Westhafen Tower, cuja fachada se assemelha a um típico copo de sidra local, o Applewine e seguindo pela MuseumSufer, ou seja, “avenida dos museus” até ao museu escolhido, sempre com boa disposição e apreciando a proximidade das pessoas da cidade com as margens do rio e as diversas actividades náuticas no mesmo (canoagem, remo, etc).
 
Chegados ao Museu aconteceu o primeiro percalço desta viagem: o museu encontrava-se encerrado, tal como todos os restantes museus, pois às segunda-feiras todos os museus em Frankfurt se encontram encerrados. Desiludidos mas não desmotivados, o grupo decidiu continuar o passeio, atravessando novamente o rio Meno, mas desta vez pela ponte pedonal Eiserner Steg, ponte metálica construída em 1868 e que se encontra bastante decorada com cadeados nos gradeamentos, à semelhança do que fazem os casais enamorados em pontes sobre o rio Sena, em Paris. O grupo fez uma pequena pausa para uma fotografia de grupo e seguiu direitos à principal praça turística da cidade, a Romerberg, onde se efectuaram umas pequenas compras de souvenirs e uma merecida paragem numa esplanada local, para umas cervejas e gelados bem frescos, pois o dia estava muito agradável.
 
De regresso ao Hotel, o grupo regressou sempre junto à margem Norte do rio Meno, pelo passeio pedonal e ciclovia Untermainkai, sempre com boa disposição e em bom Português.
 
O dia terminou com jantar na Frankfurter Markthalle, um espaço com diversos pequenos restaurantes onde o grupo teve oportunidade de provar as famosas salsichas Frankfurter, os Baggles e o pernil de porco tipico desta região da Alemanha, mantendo a boa disposição, troca de ideias e expectativas sobre a visita do dia seguinte e definindo desde já os horários do próximo dia. Chegados ao Hotel, a Organização ainda tratou igualmente dos check-in dos voos de regresso a Lisboa e Porto agendados para o final do dia seguinte. A grande maioria dos participantes decidiu então recolher aos seus quartos para descansar e recuperar energias para o dia seguinte, mas um pequeno grupo de bravos exploradores ainda saiu para sentir um pouco da noite de Frankfurt, fazendo uma pequena incurção por um dos bairros com bares e restaurantes, a cerca de 600 m do Hotel, antes do regresso ao Hotel para o merecido descanso.
O dia 25 de Abril, dia da Liberdade em Portugal mas apenas mais uma terça-feira por terras Germânicas, começou enublado e bastante mais fresco que o dia anterior. O grupo tomou um belíssimo pequeno-almoço no Hotel, muito completo e com boa qualidade, servido por uma funcionária de origem Búlgara que até ensinou algumas palavras em búlgaro a alguns membros do grupo. Seguiu-se o check-out do Hotel e deslocação até à estação de metro para apanhar o metro S8, com destino a Russelheim.
 
Aproximadamente 20 minutos depois, o grupo chegou à cidade de Russelheim, onde se teve a oportunidade de tirar uma fotografia de grupo junto à estátua de Adam Opel, localizada no largo da estação e em frente do antigo edifício da fábrica original da Opel.
 
Seguiu-se uma pequena viagem a pé, de cerca de 15 minutos, desde a estação até à Adam Opel Haus, um edifício imponente e novo, que serve de sede da Opel, alojando diversos departamentos da empresa. Chegados ao edifício, a Organização encontrou-se com o guia que nos ia mostrar a fábrica da Opel e após um breve momento de espera pela chegada de um grupo de Norte-Americanos que iriam nos acompanhar na visita, o grupo aproveitou para descontrair um pouco e comprar algumas souvenirs na loja da marca, existente no edificio.
 
Após um período de 20 minutos de espera, teve então inicio a visita à fábrica, com uma explicação em inglês por parte do guia, um simpático técnico da Opel com 35 anos de casa que permitiu ao associado Tiago Sousa efectuar uma tradução simultânea, em Português, para os membros do grupo não tão familiarizados com o idioma.
 

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Devido à dimensão da fábrica, 3,5 km de comprimento e 1,5 km de largura, as distâncias principais foram percorridas em autocarro, com o guia a explicar um pouco dos edifícios que o grupo ia tendo a oportunidade de visualizar, tais como o centro de estudos e desenvolvimento, sector fabrico caixas de velocidades, edifício dos veículos especiais e competição, o centro de treinos de novos funcionários e outros espaços relevantes. Foi igualmente referido que esta era uma de 4 fábricas da empresa na Alemanha, existindo mais unidades em Espanha e Hungria, entre outras. No total a empresa emprega mais de 36000 trabalhadores na Europa e na fábrica de Russelheim é feita a produção dos modelos Insignia e Zafira, assim como caixas de velocidades e painéis de carroçaria para todas as outras fábricas do grupo. Os motores e eixos são feitos na fábrica da Hungria e os outros componentes são fabricados nas outras fábricas do grupo e outros fornecedores. Acrescentou ainda que a fábrica recebe uma média de 120 visitantes por dia e que esta unidade produz diariamente uma média de 360 automóveis por dia, tanto Opel como Vauxhall.
 
A primeira paragem do autocarro foi em frente ao Classic Opel Werkstatt, ou seja, oficina de automóveis clássicos da Opel. Dentro do edifício podemos ver os primeiros exemplares da Opel, ou seja, as máquinas de costura e as bicicletas que estiveram na origem da empresa nos finais do século XIX, bem como alguns exemplares dos primeiros automóveis construidos pela empresa, já depois da morte do seu fundador, Adam Opel. O guia prosseguiu com uma explicação de alguns dos modelos existentes no espaço, tendo o nosso grupo apreciado ao máximo a curta colecção de antigos Opel que o espaço apresentava, notando mesmo com alguma desilusão a inexistência de textos em inglês junto aos veiculos mais emblemáticos e mesmo a presença de alguns modelos de referência da marca, tais como o Kadett B, o Kadett D (primeiro Opel de tração dianteira), em muitos outros.
 
De destacar apenas a existência de um conjunto de Opel GT e da respectiva maquete à escala do modelo, assim como alguns automóveis de competição vencedores de provas importantes e uma vitrine com os prémios ganhos pela Opel nas diversas competições em que participou, mas tudo exposto de uma forma um pouco descuidada, dando a ideia de estarmos a visitar uma garagem e não um espaço de homenagem aos modelos históricos da marca, como o fazem outras marcas de fabricantes por esse mundo fora.
 
Seguiu-se nova viagem de autocarro, já sem qualquer telemóvel, máquina fotográfica ou outros aparelhos electrónicos que tiveram que ficar em cacifos no edifício dos automóveis clássicos, pois a sua entrada na fábrica não é permitida, até ao edifício de fabrico dos painéis da carroçaria. Dentro destas instalações, assistimos a um vídeo de 10 minutos demonstrando as diversas etapas da produção dos veículos, com especial foco no fabrico dos painéis das respectivas carroçarias e chassis.
 
Depois de uma curta volta pelo edifício e regresso ao autocarro, seguiu-se uma curta passagem pelo edifício da pintura e entrada no edifício de montagem, onde o grupo teve a oportunidade de ver os robots a colocar e a soldar os painéis das carroçarias dos modelos Insignia e Zafira. Conseguimos mesmo presenciar o inicio de um turno de montagem, onde se conseguiu ver a rapidez, precisão e rigor com que cada funcionário executa as suas tarefas na linha de montagem, sempre com um tempo pré-definido e rigoroso para cumprir. O guia informou que as montagens são feitas por grupos de trabalho, constituídos por 4 técnicos e um responsável e sempre que existe um problema no sector de trabalho de um grupo (um dos técnicos ausentou-se da linha por indisposição, componente danificado ou em ausência, entre outros imprevistos), soa uma melodia em toda a linha de produção, devendo o chefe de equipa do sector com o problema solucioná-lo de imediato antes que a produção seja forçada a parar. Nos cerca de 10 minutos em que estivemos neste local, constatámos que a melodia tocou por 3 vezes, tendo em todas elas o aparente problema sido solucionado em segundos e sem parar a linha de montagem.
 
Regressados ao autocarro para a viagem de volta ao Adam Opel Haus, onde a visita terminou, o grupo decidiu então tirar uma fotografia de grupo no átrio do edifício, junto ao símbolo da marca, contando com a ajuda do guia da visita. O Presidente da Direção, Rui Martins, informou que esta fotografia seria emoldurada e fixa na sala de troféus da sede do clube, para mais tarde recordar.
 
Terminada a visita, o grupo voltou para a zona da estação do comboio de Russelheim, onde fez uma pequena paragem num restaurante local para comer uma sanduíche e recuperar energias para apanhar o metro S8 de regresso ao Aeroporto Internacional de Frankfurt, para o voo de regresso a Lisboa.
 
Apesar do atraso verificado no voo de Frankfurt para Lisboa, que obrigou os membros do grupo que iriam embarcar no voo de ligação para o Porto, já no aeroporto Humberto Delgado em Lisboa a uma pequena corrida para não perderem o voo, a viagem decorreu sem incidentes e foi mesmo muito animada e com um intercâmbio cultural com um grupo de Japoneses que vinham no voo para Lisboa e até mesmo com a equipa de bordo do avião, que apesar de estarem visivel em final do respectivo turno, mostrando sinais de fadiga, participaram na boa disposição do grupo, contribuindo para que as mais de 3 horas de voo entre Frankfurt e Lisboa fossem ultrapassadas sem muito esforço.
 
Terminou desta forma mais um evento do deste clube, evento esse que irá certamente ficar na memória de todos os que tiveram a oportunidade de participar, contribuindo mais uma vez para a manutenção da camaradagem e dinamismo que o clube vive neste momento importante da sua história, fruto de um trabalho por parte dos membros da Direção e do património mais importante que o clube dispõe: os seus associados.
 

“Como organizador do evento, quero manifestar a minha satisfação por ter sido possível tornar esta viagem uma realidade e como tal agradeço à Direção do clube por me ter dado esta oportunidade. Espero igualmente que o evento tenha sido do agrado de todos os participantes no mesmo e que estes dois dias passados na Alemanha, apesar de cansativos, tenham valido a pena.Um grande abraço a todos.” referiu Tiago Sousa, CLA – Delegado Sul

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