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Clássicos • 29 Out 2016
60 clássicos no Passeio de Outono Algarve 2016
Os “Clássicos Automóveis” subiram ao alto da Foia, Monchique, integrados no “Passeio de Outono Algarve 2016” que se realizou no passado dia 16 de Outubro e que teve a participação de cerca de 60 viaturas de “clássicos”, vindos um pouco de todo o país, envolvendo, entre condutores e familiares, alguns convidados e imprensa, mais de 120 pessoas, num percurso de 70 quilómetros.
Este passeio resulta de uma organização do “Clube Português de Automóveis Antigos”, com apoio dos “Amigos dos Veículos Clássicos do Barlavento”, sediados em Armação de Pêra e, ainda, da Junta de Freguesia de Armação de Pêra e excelente recepção da Câmara Municipal de Monchique e do Macdonald Monchique Resort & SPA e, finalmente, com a direcção e coordenação geral de Luís Brito.
O dia de outono, ainda, com restos de verão algarvio, ofereceu condições climatéricas de uma excelência paisagística que convidava os participantes a viajar em marcha moderada.
O casario rupestre à vista com casebres e alfaias agrícolas por perto, contrastava com vivendas vistosas e hortas feitas jardins floridos, habitadas por aposentados estrangeiros aportados ao Algarve profundo fertilizador de paz de espírito para viver.
Além da vertente desportiva e de lazer, o passeio teve o mérito de proporcionar aos amantes dos “clássicos” a oportunidade de arregalar os olhos perante o alcance dos olhares pelos socalcos da serrania monchiqueira.
Desde a partida de Armação de Pêra, pelas 10,30 horas, da zona do antigo Minigolfe, e da passagem por Alcantarilha, dando uma olhadela a Pêra, não embarcando na A22 para Portimão, a caravana do “Passeio de Outono Algarve 2016” deliciou-se com a panorâmica do empreendimento de luxo “Amendoeiras Golfe” e depois a cidade presépio noturno de Silves, mas, também de olhares árabes durante o dia.
De Silves, a comitiva de quatro rodas avaliadas em cerca de dois milhões de euros, passou ao lado de Lagoa e de Silves, seguindo em frente até Monchique.
Ainda a tempo e quilómetros para os participantes se deslumbrarem com a “joia da coroa das altura do Algarve”, até lá, passou pelo Falacho, Laranjeiro, Alferce, Quinta do Francês.
A comitiva, espaçadas dezenas de metros, como o pelotão da Volta ao Algarve em Bicicleta, abrandou ainda mais para ver e fotografar ao longe a barragem de Odelouca e depois a Fonte Santa e Pardieiros.
O sol já aprontava o meio-dia, quantos os ares da Foia entravam pelas janelas dos “clássicos”, no entanto, as pernas e o estômago pediam descanso e abastecimento, pelo que o road book programou não atravessar o centro de Monchique, não voltar para Lisboa, evitar Selão, Fiz do Farelo, Chlrão, Barranco de Pisões e, finalmente, em direção à Foia.
Aqui, no alto do Sul de Portugal, onde a passarada e os linces ibéricos não pagam portagens e os medronheiros e a sua proliferação não pagam impostos e sobrevivem aos incêndios, os caravanistas amantes das relíquias cinquentenárias, no mínimo, abrem os pulmões e respiram a peito aberto e, desabafam, “só por estes instantes valeu a pena o passeio”.
Momentos de relax, de fotografias mil, cocktail de bebidas desejadas, presunto e pão caseiro sonhados, cerveja geladinha, café e medronho genuíno.
As antenas das televisões, rádios nacionais, regionais e das cooperativas de táxis, do exército e da força aérea davam sinais da hora do almoço.
A vontade e a necessidade de almoçar não era muita, dada a fartura do serviço e da cobiça e gula dos participantes não olvidar os produtos tradicionais de Monchique oferecidos, pelo que a viagem até ao Macdonalds Monchique Resort & SPA e a descer a serra de Monchique demorou entre 15 a 20 minutos.
Texto e fotos: João Pina @ Algarve Mais Notícias