Competição • 15 Abr 2015
Competição • 25 Jul 2016
Bruce e Harry Washington foram os grandes vencedores do Rali Paris-Pequim
A recriação do primeiro rali de sempre chegou ao fim na Place Vendôme em Paris, depois dos concorrentes percorrerem mais de 13 000 quilómetros em 36 dias em automóveis clássicos.
Tudo começou com um breve anúncio publicado no jornal francês Le Matin, em Janeiro de 1907: “O que temos que provar hoje é que desde que o homem tem um automóvel, ele pode fazer qualquer coisa e ir a qualquer lugar. Existe alguém que concorda em ir no próximo verão de Pequim a Paris, de carro?”
Houve quarenta “concordo” só que os problemas começaram muito antes da prova ter início. De facto, dos quarenta inscritos, apenas cinco equipas conseguiram levar os seus carros até Pequim, o que levou a a organização a cancelar a prova. Naturalmente que quem tinha conseguido levar o carro até à linha de partida não estava disposta a desistir nesse momento e, por isso, avançaram à mesma com o rali. Até porque não havia propriamente regras para a corrida, a não ser que o vencedor seria premiado com uma garrafa magnum de champanhe Mumm.
E o primeiro carro a chegar a Paris esse ano, no dia 10 de Agosto, 44 dias depois da prova ter inicio, foi um Itala, com 7433 cm3, conduzido pelo Príncipe Scipione Borghese e Ettore Guizzardi.
Fast Forward para o dia 17 de Julho de 2016. Quase 110 anos depois do rali inicial, entravam em Paris os participantes da corrida que recria essa prova mítica. Desta vez houve 115 inscritos, divididos em quatro categorias:
Vintage, com carros de 1920 a 1931 (sendo que dois dos automóveis eram anteriores a 20); Vintageant, automóveis de 1932 a 1941; Clássicos até 2 litros, para carros de 1942 a 1975 e Clássicos com mais de 2 litros (no mesmo intervalo de idade).
Outra diferença é que o vencedor não foi recebido apenas com uma garrafa de champanhe mas também com um relógio Frédérique Constant, Vintage Rally Peking. A marca suíça tornou-se na parceira oficial do rali e criou um modelo exclusivo (limitado a 2888 exemplares) cujo fundo tem gravado o logótipo do rally “Peking to Paris”.
Os vencedores foram agora Bruce e Harry Washington ao volante de um Chrysler 75 Roadster, um automóvel de 1929. Percorreram mais de 13 000 quilómetros em 36 dias e atravessaram 15 fronteiras. Apenas 10 carros, entre todos os inscritos, não terminaram a prova.
Conteúdo publicado no Jornal Económico