Alba regressa a Albergaria

Este Domingo, “Drive It Day”, dia internacional em que todos os clássicos saem à rua, o Alba deixará o Museu do Caramulo rumo a Albergaria-a-Velha, para a “Especial de Albergaria”, evento organizado pelo Clássicos na Pista com vista a angariar fundos para o restauro do Chevrolet da corporação de bombeiros. Este veículo histórico regressará assim a “casa” durante o próximo dia 24, pelas mãos de Tiago Patrício Gouveia, director do Museu do Caramulo.

Este evento tem o apoio da Portoflex, Mazel e da Câmara Municipal de Albergaria, e surge no seguimento do pedido dos Bombeiros de Albergaria-a-Velha para trazer de volta a glória da viatura, que já esteve presente em eventos do Clássicos na Pista e foi recentemente vandalizada num assalto ao quartel. O evento decorrerá entre as 10h e as 12.30h, sendo que depois será servido porco no espeto aos participantes.

As Fábricas Metalúrgicas Alba que surgiram em Albergaria-a-Velha em 1921 com o nome e Fundição Lisbonense pela mão do Comendador Augusto Martins Pereira. Posteriormente o seu nome foi alterado para Fundição Albergaricense, assumindo em 1923 o nome de Alba, as três primeiras letras e a ultima da palavra Albergaria.

Após várias visitas a salões internacionais e observando o que os chamados “construtores de garagem” iam fazendo, António Augusto de Lemos Martins Martins Pereira idealizou e construiu o Alba. Um modelo pensado para competição, com evoluído motor de 1500cc, motor de características verdadeiramente modernas, com 4 cilindros em linha, 1500cc, dois veios de excêntricos à cabeça, e duas velas por cilindro, bloco e cabeça de alumínio.

De salientar que existiram cinco Alba e o que estará presente é o primeiro que foi construído, o OT-10-54, o único que correu com o motor Alba e que actualmente se encontra à guarda do Museu do Caramulo. “Albinha” era como lhe chamavam em casa.

Este Alba começou a ser construído em 1951 para António Augusto ter um carro ao seu estilo, que lhe permitisse participar em provas. A estreia do Alba em competição acontece em 1952 no 3º Circuito de Vila do Conde, para espanto geral. O desenho era ao estilo da barchetta Gordini e montava jantes raiadas Borrani, provenientes de um Simca, em contraste com as jantes de aço dos concorrentes da época.

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