Arquivos • 02 Mar 2014

Roberto Lippi era um gentleman driver de sangue azul mas que usou maioritariamente carros de motorização “humilde”. Tendo começado a correr no início da década de 50, primeiro em provas de estrada como as Mille Miglia, com um Fiat, Lippi passou pouco tempo depois a usar sobretudo os pequenos protótipos com motor 750cc feitos pela Stanguellini, vindo-se a afirmar como um dos principais representantes deste pequeno construtor, alcançando uma série de vitórias à classe, como foi o caso da foto, no Giro di Sicilia de 1957, fazendo ainda uma perninha em Le Mans, onde não chegaria ao fim.
Já no ano seguinte, dá-se a sua passagem para os monolugares, mais precisamente para a Formula Junior, competição criada pela CSI (antecessora da FIA) como a primeira fórmula de promoção de cariz universal. A Stanguellini foi dos primeiros construtores a desenvolver um carro para a nova competição (há quem diga que Juan Manuel Fangio colaborou no desenvolvimento do carro) e Lippi, como um dos mais bem-sucedidos pilotos da “casa”, juntamente com um bom patrocínio da Bardahl, ficou logo com um dos monolugares equipados com o motor do Fiat 1100, vindo a sagrar-se campeão italiano no final do ano!
No ano seguinte a concorrência tornou-se muito mais feroz, com Lippi a ficar um pouco para trás, agravando-se a situação em 1960, altura em que ele passa a correr com um De Sanctis, já com motorização central, e ainda tenta construir o seu próprio FJ, utilizando um motor DKW. Para 1961, Lippi comprou um Cooper para depois instalar o motor Fiat da praxe, mas cada vez mais a FJ se assumia como uma competição para jovens lobos e não amadores endinheirados. E assim a solução passou por dar um passo em frente: adquiriu um F1!
O escolhido foi um dos F1 construídos pela De Tomaso em 1961, utilizando a assistência técnica da Scuderia Settecolli, usando-o nas várias provas extra campeonato que se disputavam à altura na Itália, fazendo a sua estreia no Mundial de F1 no GP de Itália de 1961.
PARTILHAR:
Deixe um comentário