Competição • 13 Jan 2020
Competição • 03 Jan 2014
Dakar 2014 começa este Domingo
Dakar 2014 será «mais longo, mais alto e mais radical»
O director da prova, Étienne Lavigne, sublinha que a prova está a recuperar o espírito de quando se realizava em África.
O Rali Dakar 2014 arranca no domingo para uma edição mais longa e mais dura, com o francês Stéphane Peterhansel à procura da sexta vitória automóvel e com três portugueses candidatos assumidos à vitória nas motas.
O mais importante rali todo-o-terreno do Mundo terá este ano uma característica inédita: itinerários diferenciados para carros e motas.
Os pilotos dos carros e dos camiões enfrentam 9.374 quilómetros, dos quais 5.552 cronometrados, repartidos por 13 etapas na Argentina e no Chile, enquanto as motas e os “quads” terão de percorrer 8.734, incluindo 5.228 de troços cronometrados, também em 13 etapas, mas com uma passagem – igualmente inédita – pela Bolívia.
A organização da prova explicou que os caminhos e estradas que conduzem ao Salar de Uyuni, a 3.600 metros de altitude (nos altos planaltos bolivianos), não estão ainda preparados para a circulação de veículos pesados.
De acordo com o director da prova, o francês Étienne Lavigne, o Dakar deste ano será «mais longo, mais alto e mais radical», mais próximo da prova que se disputava no continente africano.
«O Dakar é sempre difícil, é o rali mais duro do Mundo. Com dois dias de etapa-maratona, estamos a regressar à origem da disciplina em África, sem logística de apoio para as motas», explicou.
Nesta edição do Dakar – que decorre de 5 a 18 de Janeiro – participam 446 veículos, dos quais 41 “quads”, 71 camiões, 150 automóveis e 174 motas.
Nos carros, o francês Stéphane Peterhansel (Mini) é – de novo – o grande candidato à vitória, podendo igualar nas quatro rodas as seis vitórias que já tem nas motas. Os portugueses Carlos Sousa/Miguel Ramalho (Haval) e Francisco Pita/Humberto Gonçalves (SMG) também competem nesta categoria, na qual não é de descartar o veterano espanhol Carlos Sainz (SMG), que ganhou a primeira etapa no ano passado.
O Dakar será ainda mais duro para os “motards”, mas, à partida, há mais candidatos a chegar em primeiro a Valparaiso, a começar pelo vencedor das duas últimas edições, o francês Cyril Despres, que quer igualar o recorde de seis vitórias nas motas obtido por Peterhansel.
Mas Despres trocou a mota KTM (marca que ganhou as últimas 13 edições do Dakar) por uma Yamaha, ao contrário do também favorito espanhol Marc Coma (vencedor por três vezes e ausente no ano passado por lesão) e do português Rúben Faria, que se mantêm na marca austríaca.
Rúben Faria, que fez um inédito segundo lugar em 2013, quando era “mochileiro” de Cyril Despres na KTM, este ano corre para si e para «melhorar a prestação», ou seja, ganhar.
A “armada portuguesa” nas motas conta com mais dois candidatos: Hélder Rodrigues e o campeão do Mundo de todo-o-terreno, Paulo Gonçalves, ambos na novíssima Honda. Hélder Rodrigues (com dois terceiros lugares na prova) será o piloto principal da equipa, com Javier Pizzolito como “mochileiro”, enquanto Paulo Gonçalves fará equipa com outro candidato a um lugar de destaque, o espanhol Joan Barreda.
A “correr por fora”, mas na calha para bons resultados nas etapas, estarão o inglês Sam Sunderland (Honda), o espanhol Jordi Viladoms (KTM) ou o chileno Francisco “Chaleco” López, também em KTM.
Nas motas, correm ainda os portugueses Pedro Bianchi Prata (Husqvarna), Victor Oliveira (Husqvarna), Pedro Oliveira (Speedbrain) e Mário Patrão (Suzuki).
Fonte: SportInforma c/ Lusa