Automobilia • 06 Jul 2013
Automobilia • 28 Set 2013
Vitesse: O gigante Português
Líder no mercado mundial à escala 1/43, durante os anos 90, a nossa Vitesse já começa a fazer sentir a sua ausência. Mas é também devido a esse facto que os coleccionadores, agora, começam a olhar para essas miniaturas como verdadeiros objectos de desejo.
Foi em 1982, num discreto recanto da zona industrial de Gueifães na Maia, perto da “Invicta”, que nasceu a fábrica que viria ser uma referência no mundo das miniaturas. O seu aparecimento deve-se principalmente a dois homens, Francisco Abrunhosa e o francês Bernard Peres que já tendo experiência nessa área, decidem aceitar o desafio feito por alguns empresários do norte. Criar uma indústria de miniaturas. Surge então a Vitesse como sendo apenas uma marca da empresa Maiense: Cinerius, Lda.
Apesar de inicialmente terem pensado na fabricação de brinquedos, rapidamente se aperceberam que o coleccionismo seria a chave do sucesso, para tal teriam que apostar na qualidade, reproduzindo com bastante pormenor e de forma fiel, os modelos escolhidos. A estreia recaiu sobre a réplica (com publicidade à “Martini”) do Lancia Rally 037 com que Markku Allen fez a volta à Córsega em 1982. Este Vitesse apareceu com o nº 100 e o seu fabrico prolongou-se por mais de uma dezena de anos, visto a viabilização destes moldes que custavam cerca de dez mil contos, implicarem uma produção nunca inferior a umas largas dezenas de milhar de unidades. Destes Lancias foram produzidos com diferentes cores e decorações cerca de vinte modelos.
Neste mesmo período (1982-1984) dá-se o aparecimento da linha: Retro Vitesse, representando modelos clássicos, como o Chevrolet Corvette de 1960 (série 110), o BMW 328, semelhante ao Frazer-Nash (série 120), os Ferrari 250 Spyder Califórnia (série 140) e os Mercedes 170V (série 160).
Os modelos dos catálogos desta época, eram desenhados por Fernando Pinto um reputado maquetista que desde sempre esteve ligado à Vitesse e que presentemente está a trabalhar a sua marca “Bizarre”, na China. Para além de autênticas obras-primas que saíram das suas mãos à escala 1/24, contam-se também alguns trabalhos como “free-lancer” para outros fabricantes, como a Minichamps e Altaya. Lembram-se do Mercedes 180 Táxi Português?
A Vitesse deixou-nos em 2001, depois de uma experiência por terras do Oriente, local quase obrigatório a todos os fabricantes do modelismo industrial. O seu logo e moldes, foram parar a empresas como a IXO, Sun Star, Universal Hobbies e Nostalgie. São as “leis” do mercado que por vezes se sobrepõem à vontade dos homens. Resta-nos o legado, que de tão rico e extenso, quase se torna obrigatório que continuemos a falar do que foi a ascensão e queda deste gigante do modelismo mundial.
Texto: Álvaro Silva
A onde posso comprar as miniaturas Vitess
Fiz parte da grande equipa da Cinérius entre 1982 a 2001, até ao seu último dia. Dediquei-me de corpo e alma a esta empresa e foi com grande penar que assisti ao seu fim. Trabalhei em várias áreas (montagem, armazém, etc.), fui progredindo com o passar dos anos e também fiz parte da experiencia por terras do Oriente. Trabalhei ao lado do Sr. Bernard Peres, Sr. Francisco Abrunhosa, Anne Marie, e muitas demais colegas que de quando em vez ainda nos cruzamos.
Com muitas saudades,
matos?desculpa mas nao te conheço e se estiveste nesse grupo desde i inicio deves bem lembrar o meu nome porque fui durante muito tempo o primeiro funcionRIO E UNICO HOMEM NA CINERIUS …PARA ALEM DOS MEUS PATROES CLARO ESTA
TENHO MUITO ORGULHO EM TER TRABALHADO NS VITESS AO LADO DO GRANDE MESTRE FERNANDO MRTINEZ, EXELENTE DESIGNER E DE OUTRO GRANDE MESTRE ; JEAN LOUP CARPENA QUE ME ENSINOU MUITA COISA E TIVE A HONRA DE PROJETAR E DESNHAR ALGUNS DECALQUES SOB A SUA SUPERVISÃO . SOU DO RIO DE JANEIRO.
Faz parte da minha história pois os primeiros(moldes)p/ miniaturas foram feitas por nós,Famocor e muitos outros se seguiram ,Começamos exactamente por esse Lancia Raly 037. SAUDADES
hoje sem querer encontrei este tesouro do qual sinto orgulho de ter feito parte, entrei para os quadros da cinerius em 15 de janeiro de 1990 donde desempenhei funções primeiro como operador de pintura eletrostática e logo que a visão de mercado mudou para as miniaturas de coleção, passeia para pintor manual de miniaturas e seus componentes, foi com muita paixão, muito trabalho e muito calor humano que chegou donde chegou, (líder mundial) ainda hoje posso dizer que trabalhei no melhor lugar do mundo e que apesar de tudo deixou muita saudade.
Armindo Monteiro
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