Prameta: Modelos Topos de Gama

Automobilia 19 Jun 2013

Prameta: Modelos Topos de Gama

Nos anos cinquenta, na cidade de Colónia, mais conhecida mundialmente pela sua água, fabricaram-se modelos em miniatura de admiráveis capacidades mecânicas e de uma precisão só comparável aos relógios Suíços. Os Prameta.

 

O nome destes interessantes modelos de automóveis em miniatura, parece surgir da contracção de “Pramie” = prémio e “Metall” e a sua produção situa-se entre 1948 e 1958. Durante esse curto período de tempo foram fabricados cinco fascinantes modelos, cujas escalas variavam entre 1/40 e 1/30.

 

A carroçaria de elevado detalhe e robustez, era composta por uma única peça cromada, tendo por vezes sido pintada em diferentes cores para alargar o leque de variantes.

 

A base suportava um fortíssimo mecanismo de corda (que lhe permitia deslizar trinta metros) e só era possível rodá-lo com uma chave própria na forma de um polícia de trânsito. Esta corda difícil de quebrar, trazia uma garantia de seis meses. Possuía também na base vários manípulos para regular a direcção (fazia movimentos em zig-zag), velocidade e marcha-atrás.

 

O folheto de instruções era bastante detalhado, sendo apresentado em sete línguas, da qual a Portuguesa não fazia parte.

 

O primeiro modelo a aparecer (e o mais raro de todos), foi o Volkswagen carocha de óculo dividido (split) que contrariamente aos modelos posteriores, não teve o “brilho” necessário tanto mecanicamente como no seu aspecto, para permanecer no grupo. Seguiu-se o Buick Roadmaster, uma reprodução fiel e um verdadeiro carro “automatizado”, apesar de ser o mais pequeno dos cinco (escala 1/40).

 

Em 1953, surge o Mercedes–Benz 300 Adenauer (com o seu característico guarda–vento para fumadores), miniatura muito bem conseguida à escala 1/37. Em 1954 aparece o Jaguar XK 120 Coupé à escala 1/30, a miniatura apresenta-se ligeiramente alta o que retira alguma beleza às suas linhas.

 

Em 1955 a encerrar a produção, surge o bonito Opel Kapitan 555 à escala 1/33. Todos estes modelos partilhavam as características comuns do Buick: rigor estético na reprodução em relação ao modelo real e complexidade de mecanismos.

 

Presentemente muito procurados por coleccionadores “exigentes”, os Prameta atingem valores elevados, quando encontrados em bom estado e com a original chave-de-corda.

 

Na época em que apareceram, custavam uma pequena fortuna. Basta dizer que um desses carros dava para comprar uma dúzia de Dinky-Toys. É só fazer as contas…

 

Texto: Álvaro Silva

Imagens: Vectis Auctions

 

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