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Arquivos • 03 Mai 2013
Os grandes Ralis Maratona
O ano passado por esta altura falava-se muito nos ralis maratona, e o Rali da Argentina preparava-se para ter uma especial com 66 Km. Na prova deste ano isso foi abandonado, mas a ideia do endurance continua na mente dos responsáveis do WRC. A verdade é que há mais de um século que se começaram a realizar grandes aventuras de homens de máquinas, como é o caso do Pequim-Paris, Londres – Sydney e Londres – México.
Pequim-Paris (1907)
O Rali Pequim – Paris de 1907 é considerado por muitos como o precursor dos ralis atuais. Organizado pelo jornal francês “Le Matin”, convidava os participantes a ligarem Pequim a Paris pelo percurso que entendessem, ‘obrigando’ no entanto à passagem por cidades como Zhangjiakou, Irkutsk, Omsk, Moscovo, São Petersburgo, Vilnius, Varsóvia e Berlim. Uma autêntica aventura de 15.000 km, para os veículos da época.
Londres – Sydney (1968)
Sessenta e um anos depois do Pequim – Paris, nasceu maratona Londres – Sydney, patrocinada pelo jornal inglês Daily Express, com o intuito de elevar o espírito do país, em baixo devido à recente desvalorização da libra. O percurso levou os concorrentes através da Grã-Bretanha, França, Itália, Jugoslávia, Bulgária, Turquia, Irão, Afeganistão, Paquistão, Índia e finalmente Austrália. No total, 16.983 quilómetros. Setenta e dois concorrentes lançaram-se à estrada, com Andrew Cowan, Colin Malkin e Brian Coyle, num Hillman Hunter a vencerem. Cinquenta e seis concorrentes chegaram ao fim.
Londres – México (1970)
Dois anos depois do Londres – Sydney, o Londres – México, agora patrocinado pelo Daily Mirror, teve a particularidade de passar por Arganil, em Portugal. A prova iniciou-se no mítico Estádio de Wembley, estendendo-se por 25.750 km, através da Europa e América do Sul. Toulouse, Pau e Boulogne-sur-Mer (França), Munique (Alemanha), Viena (Áustria), Budapeste (Hungria), Belgrado (ex-Joguslávia), Sófia (Bulgária), Trieste, Veneza e Génova (Itália), Burgos, Salamanca (Espanha) e… Lisboa, com passagem por Arganil, antes de rumar ao Rio de Janeiro, Montevideu, Buenos Aires, Santiago do Chile, La Paz, Lima, Cali, Cidade do Panamá, San José e cidade do México. A prova foi ganha por Hannu Mikkola e Gunnar Palm, num Escort.
Rali de Marrocos
O Rali de Marrocos será talvez o verdadeiro predecessor do Paris-Dakar. Num formato já mais convencional, a prova marroquina, pertencente ao calendário do WRC, disputava-se entre as cidades de Rabat e Casablanca. Passava várias vezes pelo deserto marroquino e tinha 11 especiais, entre 20 e 250 km, num total de 5.304 km. Bernard Darniche, em (Renault-Alpine A110 1800) foi o vencedor do primeiro evento marroquino no WRC. A prova manteve-se no calendário até 1976.
Rali Safari
Disputado 29 vezes no WRC, o Rali Safari foi durante muito tempo a ‘verdadeira’ prova de endurance do Mundial de Ralis. Antes de pertencer a esta competição, já se disputava desde 1953, como East African Safari Rally, disputando-se através do Quénia, Uganda e Tanzânia, primeiro, e a partir de 1974, só no Quénia. Shekhar Mehta mantém-se como o piloto que por mais vezes triunfou no evento, 1973, 1979, 1980, 1981 e 1982.
Texto: Autosport/ JLA
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