Mercedes-Benz Classe G

Clássicos 14 Jan 2013

Mercedes-Benz Classe G

O todo-o-terreno luxuoso

Apresentado à imprensa em Fevereiro de 1979, o Mercedes Classe G, passa agora a figurar entre os veículos clássicos. Não só pela sua idade, mas sobretudo pelo seu carisma e predicados.

Há poucas coisas no universo automóvel que não mudam a olhos vistos. Uma delas é certamente a forma do Mercedes Classe G, mostrado pela primeira vez em Fevereiro de 1979 e que nos dias de hoje já vai na sua terceira geração. Com um design bastante espartano, onde imperavam as linhas rectas, o Classe G depressa conseguiu atrair os adeptos da casa da estrela a ingressarem num universo que até então lhes era vedado. Senhores e senhoras: eis o 4×4 da marca da estrela de Estugarda que vos poderá levar através de montes e vales, sem contudo esquecer os pergaminhos da marca germânica.

As origens da planificação deste modelo fazem-nos recuar até 1972, ano em que a Daimler-Benz celebrou uma parceria com a Steyr-Daimler-Ouch, sedeada na cidade austríaca de Graz. O objectivo era permitir ao construtor germânico regressar em grande estilo a\o exigente mercado dos veículos todo-o-terreno. É que a marca alemã tinha já no seu enorme currículo a produção do G1 em 1926, do G4 em 1933 e do G5 em 1937. No entanto, havia que continuar esta tradição.

E de facto assim foi, a Mercedes decidiu entregar o desenvolvimento à Puch, de modo a que esta produzisse o Classe G na sua plataforma de Graz. Curioso que mesmo passados 30 anos, este mesmo modelo ainda se mantém fiel às suas origens. Em termos de motorizações, estas passavam por quatro propostas, com potências que iam desde 53 kW/72 hp aos 110 kW/150 hp. Em termos de carroçarias, destaque completo para a versão de passageiros, à qual se juntava a versão station-wagon e van, cada uma com a possibilidade de ser instalada num chassis longo ou curto, consoante as necessidades de cada cliente. Mais tarde, foi mostrada uma carroçaria aberta, de chassis curto.

Puro e duro

Estes são os primeiros aspectos que inspiram o “normal do cidadão” quando observa o Classe G por fora. E não é caso para menos, isto tendo em conta que o carro alemão foi concebido para ombrear fora de estrada com os seus mais directos adversários. Mas para isso contribuía a sua robustez de construção, a começar naturalmente pelo chassis, com excelentes níveis de rigidez face à torção. A estrutura assentava em rígidos eixos, sob o qual eram instaladas grandes molas helicoidais. Com um centro de gravidade relativamente baixo para a sua categoria, com apenas 21cm mais alto do que o solo, o Mercedes Class G conseguiu ser um sucesso de vendas da marca. Com ângulos de ataque da ordem dos 36º na frente e 27, para secção traseira, a Mercedes impunha-se assim entre os grandes do todo-o-terreno. Para além disso, o conforto conseguido, em parte graças à concepção do próprio chassis, elevada os padrões de habitabilidade.

Mas claro que a Mercedes tinha que evoluir o seu Classe G. Assim a primeira mudança visível foi a proposta relativa à transmissão, que a partir de 1981 passou a ser igualmente automática. Também o ar condicionado era um excelente item. A partir de 1990, o Classe G passou a ser vendido com tracção total permanente.

O sucesso em provas desportivas

Claro que com as qualidades do Classe G, a Mercedes passou a apostar igualmente no desporto fora de Estrada. E segundo os registos da época, nada mais do que 25 equipas inscritas em 1981 no Paris-Dakkar, naquela que foi a terceira edição daquela prova maratona. Nesse ano, a melhor equipa classificada, foi Bruno Goine/ Nogrette que atingiram a capital senegalesa na 5ª posição da geral. E se no ano seguinte a marca conseguiu arrecadar o último lugar do pódio, graças à prestação de Jean-Pierre Jaussaude/ Michel Biere, com uma imensidão de equipas que utilizaram o Classe G, na Versão 280 GE, e terminaram a prova, o certo é que em 1983 Jacky Ickx/ Claude Brasseur inscreveram o Mercedes como vencedor da mais exigente prova de todo-o-terreno do mundo.

Texto: Redação

Imagens: Mercedes-Benz AG

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