Autobianchi A112

Clássicos 26 Nov 2012

Autobianchi A112

O pequeno endiabrado

Um dos mais apetecíveis pequenos carros italianos responde pelo nome de Autobianchi A112. Apresentado em 1971, este carro estava disponível com uma carroçaria de três portas. Quanto à sua motorização, esta era a já utilizada e conhecida do Fiat 850, um bloco com 903cc com árvore de cames à cabeça que oferecia ao seu condutor uma potência de 31 Kw. Esta cumplicidade entre a Fiat e a Lancia era evidente, uma vez que o pequeno fabricante era parte integrada da Fabrica Italiana de Automóveis de Turim – FIAT.

Com o aparecimento do A112, a Autobianchi mostrou aos seus clientes o primeiro modelo com motor dianteiro, com tração à frente que mais tarde veio a dar origem ao Fiat 127 e seus derivados. Claro que com o 127 o motor chegou aos 35 kW. Curioso que o A112 veio ao longo de toda a sua produção a identificar-se com o público feminino, sendo talvez a exceção a mais desportiva versão “vestida” pela Abarth. Sabia que por exemplo, em 1984, os clientes do A112 eram cerca de 35% mulheres e que um terço delas tinha uma idade entre os 18 e os 24 anos de idade?

Um bom sinal na altura, assim que se via um A112 na estrada.

A evolução

Depois da versão pioneira mostrada em 1971, a Autobianchi apressou-se para melhorar o A112 e assim sendo em Setembro do mesmo ano surgiu o A112 E, sendo que essa sigla referia-se a Elegant. As melhorias eram evidentes, quer ao nível dos bancos, equipamento e mesmo uma nova caixa de cinco velocidades que surgiu pouco mais tarde passaram a ser as principais novidades deste pequeno veículo citadino. Enquanto isso, a versão base era denominada de Normale.

Em Março de 1973 surge o primeiro re-style deste modelo, com a introdução de uma nova grelha da frente, os para-choques passam a ser de plástico, com inserções em metal (apesar da versão Normale continuar a mostrar os para-choques cromados com pequenos frisos de borracha). E claro, para melhorar o aspecto geral do novo A112, nada melhor do que colocar umas jantes redesenhadas, capazes de fazer surpreender os olhares mais céticos. Naturalmente que os interiores tiveram que ser uma vez mais redesenhados e melhorados com os acentos e o painel de instrumentos a sofrerem algumas alterações.

Passados apenas quatro anos após a apresentação da primeira versão do A112, chega a quarta geração. O interior, nomeadamente ao nível do compartimento traseiro é alterado, com o claro objetivo de colocar três passageiros no banco de trás. Outra das melhorias passavam pela entrada de ar colocada no pilar C, bem como nos novos farolins traseiros que passaram a integrar as luzes de marcha-atrás nas versões Elegant e Abarth. Esta última versão recebeu inclusive um novo motor com 70 hp, enquanto o Normale acolhia um bloco com 31 kW em Julho de 1975. Devido às normas alusivas ao ambiente, a versão Elegant é obrigada a fazer cair a sua potência para os 33 kW. A terceira série do Normale ainda possui para-choques de metal, mas estes surgem agora pintados de preto e não possuem já o filete de borracha.

Do Abarth ao declínio

Se em Novembro de 1977 surge um novo A112, com melhorias ao nível do tejadilho e dos interiores (chamado de Nuova), a verdade é que a versão Elegant também sofreu optimizações consideráveis: o seu motor viu a capacidade chegar aos 985cc, podendo ser possível de usufruir dos 48 CV. Mais tarde aparecem as versões Elite e A112 LX, cujas principais alterações passavam pelo nível de equipamentos.

Mas a Autobiachi e a Fiat não podiam de forma alguma adormecer sob os louros conquistados e assim sendo, em 1979 o A122 volta a sofrer um novo golpe estético. Os novos para-choques traseiros de cor preta apresentam-se agora com maiores dimensões e a secção traseira volta a ser redesenhada. Também quando analisado lateralmente o A112 apresenta algumas alterações, como os plásticos a circundarem as portas dianteiras. Também a grelha é nova, o mesmo sucedendo com a entrada de ar situada no pilar C. Quanto a novidades mecânicas, destaque para a caixa de cinco velocidades. Mas também no que toca a designações das versões existem algumas alterações. A versão Normale passa a denominar-se de Junior, é adicionada a proposta Elite, situada um pouco abaixo do Elegant. A proposta Abarth recebe também uma caixa de cinco velocidades, assim como novas jantes de alumínio. As luzes de nevoeiro passam a ser considerado um equipamento de série.

E chegamos a 1982, a altura em que é apresentada a 6ª geração do A112, onde os plásticos foram bastante usados na estética. Mecanicamente, a versão LX é idêntica à elite com uma caixa de cinco velocidades e o motor de 965cc. A versão Elegant cessa a sua produção, ao mesmo tempo que á a proposta Elite a ocupar o seu lugar na gama da Autobianchi.

Foi no ano de 1984 que foi apresentada a sétima série do A112. A secção traseira volta a ser redesenhada e a placa de matrícula é agora alojada na estrutura de trás. Também o A112 Abarth é alvo de melhorias assinaláveis, como luzes de nevoeiro à frente, cintos de segurança de cor vermelha e jantes de alumínio.

Por esta altura já se começam a sentir os efeitos do “cansaço” da presença do A112 no mercado automóvel e se em países como França e Itália, a nomenclatura A112 surge ainda associada à Autobianchi, em outros territórios aparece já ligada à Lancia. Isto porque em 1985 surge o Autobianchi Y10 que veio substituir o A112, o que veio antever o fim da produção do A112 em 1986.

Quanto vale

Hoje em dia encontrar um Autobianchi A112 já não é tarefa fácil. Mesmo assim, eles existem no nosso mercado e ainda a preços convidativos (um factor bastante importante no nossos dias). Segundo a pesquisa que efetuámos nos sites OLX, Custo Justo e Stand Virtual, os preços variam entre os 900 euros para projetos de restauro até a uns puxadotes €10.499 pedidos por um Abarth 70 HP de 1985.

Texto: Redação

Imagens: Fiat

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luis
Visitante
luis

boa tarde
alguem me sabe dizer se o autobianchi vem algum de fabrica com tecto de abrir?

alexandrino guimaraes
Visitante
alexandrino guimaraes

Porque razão um A 112 abarth não pode valer € 10.799 (puxadotes …..) e por exemplo, só para citar um, um renault a 110 alpine pedem 70/80 e mais mil euros. Sou proprietário de um a 112 abarth mas não sou/estou vendedor do mesmo.Um abraço.

alexandrino guimaraes
Visitante
alexandrino guimaraes

Tem toda a razão. Tenho um A 112 abarth 1.ª série e não o vendo por manos de 20

alexandrino guimaraes
Visitante
alexandrino guimaraes

Tem toda a razão. Tenho um A 112 abarth 1.ª série e não o vendo por menos de 20

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