30 Anos de 190

Clássicos 05 Nov 2012

30 Anos de 190

Foi em Novembro de 1982 que a Mercesdes-Benz apresentou o 190 e o 190E, inseridos na série W201. Um carro bastante compacto para aquilo a que os tradicionais clientes da marca de Estugarda estava habituados até então, foi suficiente para iniciar a MB num segmento que não tinha tido a ousadia de se intrometer. Foi o desbravar de uma classe de veículos compactos, algo a que em 2012 já estamos habituados a ligar à casa de Estugarda, depois desta designação ter surgido em 1993 com a aparecimento do Classe C e da Série W202.

Há trinta anos atrás, as linhas mais ou menos rectas do W 201 continuam a mostrar-se bastante atuais nos modelos de agora, se bem que a tecnologia agora utilizada é outra. Designado carinhosamente de “Baby Benz”, o 190 vinha equipado com os mais recentes estudos daquela época. A suspensão traseira “multilink”, em que cada roda era suportada por cinco estruturas independentes assegurava um conforto adicional no capítulo do conforto, o mesmo acontecendo com a distribuição de massas.

Os engenheiros da Mercedes-Benz realizaram dois “face-lifts” em 1988 e outro em 1991. Mais de dez anos após a apresentação do 190 no mercado, em fevreiro de 1993, a plataforma de Sindelfingen cessou a produção da primeira geração deste veículo compacto. Os 190 passaram assim a ser produzidos na unidade de Bremen até Agosto, sendo a maioria deles destinado à exportação. Com um total de 1,879,629 unidades fabricadas, pode-se bem dizer que esta foi uma aposta ganha. Foi somente em Maio de 1993, quando a Mercedes-Benz apresentou o Classe C, também conhecido como o W 202, é que o 190 cessou a sua produção.

A evolução da série w201

Após a apresentação do novo modelo em 1983, o 190 e o 190 E estavam disponíveis apenas com um motor de dois litros, de quatro cilindros, alimentados a gasolina (66 kW/90cv e 90kW/122cv). No Outono desse mesmo ano, a Mercedes-Benz apresentou uma nova motorização com 72 hp, alimentada a Diesel, por ocasião do Salão Automóvel de Franckfurt. Nascia assim o 190 D. Ainda neste mesmo ano, nota de destaque para o 190 E 2.3-16, cujo motor era um quatro válvulas por cilindro e oferecia aos seus utilizadores qualquer coisa como 185 cv. Nascia assim um verdadeiro desportivo que teve como primeira prova de fogo o exigente circuito italiano de Nardo, onde percorreu 50.000 quilómetros a velocidades médias muito próximas dos 250 km/h.

Nos anos que se seguiram, a Mercedes-Benz exportou os 190 D 2.2 e os 190 E 2.3 para o mercado norte-americano e desenvolveu novos blocos como o de cinco cilindros alojado no 190 D 2.5 (66kW/90cv) e no primeiro seis cilindros produzido, o 190 E 2.6 (122 kW/166 cv).

O topo de gama era sem sombra de dúvida o 190 E 2.5-16 (143 kW /195cv) apresentado em 1988 que chegaria a possuir 235 cv. Claro que com um carro com estas qualidades, a Mercedes-Benz depressa se inscreveu no exigente Campeonato Alemão para Viaturas de Turismo, DTM, onde em parceira com a AMG o carro atingiu os 173 kW/235 cv de potência. Em 1992, a marca venceu o DTM com o piloto Klaus Ludwig no AMG-Mercedes 190 E 2.5-16 Evolution II.

Texto: Tiago Carvalho Alves

Imagens: Mercedes-Benz

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