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– Como promotor, e face à conjuntura politico/económica que o país atravessa, como classifica a forma como decorreu esta edição do Algarve Classic Festival, face aos anos anteriores?
Este ano, o Autódromo Internacional do Algarve assumiu a organização do evento, pois sendo o quarto ano que o autódromo organiza eventos desportivos, e contando já com uma ampla experiência a este nível, potenciando a estrutura interna, conseguimos reduzir os custos de organização, mantendo o nível do evento.
Não obstante as condições atmosféricas que se fizeram sentir (fortes chuvas no domingo), que impediram que uma ainda maior quantidade de espetadores se deslocasse ao AIA, tivemos cerca de 190 carros, mais de 300 pilotos, pelo que o balanço é extremamente positivo.
– Quais foram as dificuldades encontradas?
As maiores dificuldades, fruto precisamente da conjuntura politico/económica que o país atravessa, prendem-se com a falta de apoios, não só nesta como noutros eventos desportivos, o que em termos de divulgação do mesmo, torna tudo sempre mais complicado.
– Sendo as actividades relacionadas com a competição em automóveis Clássicos normalmente associadas a participantes com um nível socio-económico mais elevado, sente que há também uma quebra na actividade, à semelhança do que acontece noutra áreas?
O Algarve Classic Festival contou com mais de 300 participantes, distribuídos por 9 categorias distintas, num total de 14 corridas: JD Classic Challenge, U2TC, Sirtling Moss Trophy, GT & Sport Car Cup, Pre-War Sport Cars, Formula Junior, 1.000Km, IGD (Iberian Getelmens Drivers) – Portimão Race e o Campeonato Nacional de Clássicos 1300.
Estamos muito satisfeitos com a recetividade de todos os participantes e promotores. Creio que não podíamos pedir mais. O evento superou, a nível de participantes, as nossas melhores expetativas, não tendo havido decréscimo para as grelhas contratadas. Em termos de público sim sentimos alguma retração.
– Alguns elementos do nosso público têm-se queixado da escassa e tardia divulgação deste nosso evento de Clássicos nos últimos anos, ao que este ano não foi excepção. Tão importante como trazer pilotos internacionais e proporcionar oportunidades aos pilotos nacionais de rolar com as suas máquinas no magnífico traçado do AIA, parece-nos que será também de extrema importância levar público ao Festival. Ao visitar os últimos eventos de Clássicos no AIA é impossivel não estabelecer comparações com eventos equivalentes que se realizam noutros países, como LeMans, Spa ou Nurburgring, onde o público acorre em grande quantidade. Tendo nós, belíssimas instalações e infra-estruturas, bem como temperaturas normalmente bastante agradáveis no final do ano, não estariam reunidas todas as condições reunidas para que houvesse uma maior participação do público (nacional como internacional) no nosso evento?
Relativamente à promoção, devo referir que este evento se destina a um público muito específico e, na nossa opinião, a promoção do evento para participantes foi boa, como o número de pilotos o confirma.
Quanto à participação de pilotos internacionais, a grande maioria dos participantes, como se pode verificar pelas categorias inscritas, são estrangeiros, pelo que o objetivo foi plenamente atingido. Para além destes, marcaram ainda presença 2 categorias portuguesas: IGD (Iberian Gentleman Drivers) e CPCC 1300.
Relativamente à comparação feita com os espetadores em provas realizadas noutros países, creio que a resposta está na menor cultura automóvel dos portugueses que nos países referidos. Creio que ainda temos um longo caminho a percorrer. E a principal razão da menor afluência este ano, foram de facto as condições climatéricas, como já foi referido.
– Como vê o futuro da realização deste tipo de eventos no nosso país?
Na continuação do que já foi referido atrás – elevado número de participantes, na grande maioria estrangeiros, qualidade do traçado da pista, clima ameno – parece-me termos todas as condições reunidas para que este tipo de eventos continue a marcar presença no nosso país, em particular no Algarve, onde o clima ameno ao longo de todo o ano é, realmente, uma mais-valia.
– Já há planos concretos para 2013?
A avaliar pela recetividade de todos os presentes, o Algarve Classic Festival será uma realidade em 2013.
Texto: Jornal dos Clássicos
Imagens: Manuel de Oliveira – www.manueldoliveira.net
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