Mercado • 09 Fev 2015

Mercado • 06 Ago 2012
Estátua original do “cavallino” Ferrari à venda em Monterey
Uma estátua do famoso cavalo empinado da Ferrari conhecido por “Cavallino Rampante” vai ser leiloada pela Russo and Steele, em Monterey, no evento realizado no próximos dias 16 a 18 de Agosto. Trata-se da estátua original de madeira que, desde o final da década de 60, fazia parte da decoração do escritório de Enzo Ferrari, no circuito de Fiorano. A casa, onde o escritório se localizava, ocupa um lugar de destaque na história da marca italiana, uma vez que era propriedade pessoal de Ferrari e era o local de encontro com os seus pilotos e técnicos para discussão das estratégias de corrida. A referida estátua do cavalo negro surge assim com bastante frequência em fotografias e filmes de entrevistas com Enzo Ferrari.
Antes da sua morte em 1988, Ferrari ofereceu a estátua a Jacques Swaters – o famoso piloto belga, dono da Garage Francorchamps, a primeira concessionária autorizada Ferrari do mundo, e patrão da equipa com o mesmo nome –, um dos seus poucos amigos pessoais.
Durante sua vida, Jacques Swaters colecionou particamente tudo o que estivesse relacionado com a Ferrari, desde documentos originais importantes a automóveis antigos, passando por esculturas e outra automobilia. Da sua coleção faziam parte, por exemplo, um de apenas três crucifixos fabricados em bronze na fundição Ferrari, por ocasião da visita do Papa à fábrica de Maranello, bem como a referida escultura da cavalo empinado, que foi exibida até 2008 na “Galleria Ferrari”, de Swaters. O secretário pessoal de Enzo Ferrari, confirmou a autenticidade da peça, que será leiloada sem valor de reserva. Não foi adiantado qualquer valor estimado de venda.
A origem do cavalo negro
Quando o jovem piloto da Alfa Romeo, Enzo Ferrari, venceu uma corrida na pista de Savio em 1923, tomou contacto com a condessa Paolina, mãe do Conde Francesco Baracca. Herói nacional da força aérea italiana da I Guerra Mundial, Baracca morreu muito jovem em combate e teria pintado o referido cavalo nos seus aviões, e de cuja esquadrilha teria feito parte o próprio irmão de Enzo, Alfredo Ferrari. Embora o cavalo no avião de Baracca fosse pintado de encarnado sobre uma espécie de núvem branca, Ferrari decidiu-se por pintar o cavalo a negro (tal como fora pintado na esquadrilha que fora de Baracca, em sinal de luto, após a sua morte). Embora o símbolo fosse já utilizado em documentos desde 1929 é só a partir de 1932 que o símbolo veio a ser mostrado nos carros da “scuderia” Ferrari, desta feita sobre um fundo amarelo “canário” – a cor escolhida por Ferrari como referencia à cidade onde nasceu: Modena. Referências não oficiais apontam para que o Conde Baracca tenha retirado o seu “cavallino rampante” dos destroços de um avião alemão abatido em Udine, em 1913. A origem do piloto desse avião seria Estugarda, uma cidade famosa pela sua relação com a criação de cavalos e cujo próprio nome se poderia traduzir rudemente para “campo de garanhões”.
Mais informações em www.russoandsteele.com
Texto: Jornal dos Clássicos
Imagens: Russo and Steele
PARTILHAR:
Deixe um comentário