À venda em Silverstone, um Mini de 1960, com apenas 2600 milhas

Um Austin Seven 850 produzido em 1960, com apenas 2600 milhas e com praticamente todos os componentes originais, vai ser leiloado pela Silverstone Auctions no próximo dia 21 de Julho, num leilão integrado no festival Silverstone Classic. Conduzido apenas durante os dois primeiros anos após o fabrico – razão pela qual apresenta uma quilometragem tão excepcionalmente baixa – manteve-se armazenado em condições controladas nos anos subsequentes, possuindo uma carroceria imaculada, livre de ferrugem, e um interior em vinil perfeitamente preservado. Nestas condições, não constitui surpresa o facto de a leiloeira apontar um valor estimado de venda entre as 20 mil e as 25 mil Libras, ou cerca de 30 mil Euros ao câmbio de hoje.

Para Nick Whale, director da Silverstone Auctions “será presentemente um dos Minis de 1960 com a mais mais baixa quilometragem e é um exemplar importante daquele modelo. Se sua raridade não for motivo suficiente para estimular os aficionados e colecionadores Mini, então o seu estado imaculado fá-lo-á certamente, tendo sobrevivido incólume durante mais de cinquenta anos. Eu diria mesmo que nunca vi um modelo com tão boa apresentação”.

Este Austin Seven 850 de 1960, é fornecido com o seu porta-chaves original Austin Seven, chaves de substituição, manual de utilizador original, tapetes em borracha, macaco e roda suplente. Tem ainda o último disco de imposto comprado para o carro, que expirou em 1962.

O Mini Mark I foi produzido em Inglaterra entre 1959 e 1967, ano após o qual foi substituido pelo Mark II com inúmeras mudanças cosméticas, destacando-se um novo desenho de grelha do radiador e uma janela traseira maior. Inicialmente os Minis foram comercializados sob as designações Austin e Morris – como o Austin Seven e Morris Mini Minor – até o nome Mini se tornar num marca, em 1969, embora voltassem a ser comercializados sob o nome de Austin na década de 1980.

Mostrado à imprensa em Abril de 1959, o Mini foi oficialmente anunciado ao público no dia 26 de Agosto de 1959. Um pequeno modelo económico, concebido por Sir Alec Issigonis, o Mini surge por causa da escassez de combustível no Reino Unido – originada pela crise do Suez de 1956 – com racionamentos de gasolina e a consequênte queda nas vendas de automóveis. É considerado um ícone britânico dos anos 1960 e a sua configuração mecanica – de tracção dianteira, sem túnel de transmissão, permitindo que 80% da área do piso do carro estivesse disponível para os ocupantes e bagagem – influenciou toda uma geração de fabricantes automóveis. Os modelos iniciais estavam equipados com um convencional motor BMC Série-A, de quatro cilindros e 848 c.c., refrigerado a água, montado transversalmente, acoplado uma transmissão manual de quatro velocidades. Era um automóvel espartando, concebido para ser acessível aos compradores e consumir pouco. Como opção, na época estavam disponíveis alguns extras, tais como cintos de segurança, espelhos retrovisores, um aquecedor e um rádio.

O Mini Cooper e Cooper “S” eram versões desportivas, desenvolvidas por John Cooper, designer e construtor de carros de Fórmula 1, para a BMC e que foram bem sucedidas como carros de rallye, vencendo o Monte Carlo quatro vezes, entre 1964 e 1967.

Mais informações em www.silverstoneauctions.com

Texto: Jornal dos Clássicos

Imagens: Silverstone Auctions