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É já no próximo dia 12 de Maio que será leiloado no Mónaco, um dos mais representativos exemplares da presença da Alfa Romeo na competição, durante o período do pós-guerra: um Alfa Romeo Tipo 33/2 ‘Daytona’, de 1968. Marcado como lote 333, este chassis nº 75033.029 foi o vencedor da prova dos 500km Imola, em 1968, conduzido pela dupla de pilotos Nino Vacarella / Teodoro Zecolli, é um dos mais bem documentados Tipo 33/2 Daytona daquele período. Equipado com um motor V8, de 1995c.c. DOHC, de injecção e dupla ignição, possui uma caixa de seis velocidades e suspensão independente à frente a atrás traseira por braços duplos, bem como travões de disco nas quatro rodas.
Trata-se pois de um veículo excepcional para participação em eventos históricos de pista, possuindo toda a documentação FIA, HTP e FIVA. “Disponível em excelente estado e muito original, este Alfa Romeo da era dourada das corridas de automóveis, poderá tornar-se certamente na peça central de qualquer coleção de automóveis importante, a nível mundial”, comenta Max Girardo, diretor administrativo da RM Auctions na Europa – a leiloeira que leva à praça este histórico automóvel.
No final de 1951, depois de vencer os dois primeiros campeonatos mundiais com os seus Tipo 158/159, a Alfa Romeo retirou-se da competição internacional em grandes prémios.
Já no início dos anos 60, quando tanto a fábrica como o seu braço na competição – a Autodelta – assinalavam várias vitórias em corridas de turismo e GT, especialmente com os coupés Giulia ou os TZ1 e TZ2, a Alfa Romeo decidiu reentrar na competição internacional de sportscars. O motor V8 de 2 litros, que tinha sido posto de lado há dez anos, tornou-se então no centro desse retorno. Este novo envolvimento abrangeu onze temporadas de corridas e resultou na vitória do campeonato mundial em 1977 para a marca milanesa.
Os primeiros carros novos apareceram em 1967, com um exótico chassis em forma de “H”, construído em magnésio e alumínio, alimentados por um motor V8 de 2 litros. O carro foi então inscrito numa série de eventos, o primeiro dos quais uma rampa de montanha em Fleron, na Bélgica, na qual Teodoro Zeccoli terminou em 1º lugar da geral. A associação de Zeccoli com a marca foi longa, tendo sido piloto oficial para a Abarth, um respeitado veterano de Le Mans e piloto de testes para a Alfa Romeo, directamente envolvido no desenvolvimento do projeto Tipo 33. O nome “Fleron” ficou associado a este modelo com o qual a Alfa Romeo obteve quatro vitórias em 1967 – três em rampas e uma foi no circuito de Vallelunga, no final daquele ano.
A vitória em Daytona
Para a temporada internacional de 1968, o brilhante engenheiro-chefe da Autodelta, Carlo Chiti, estava então a preparar um carro totalmente novo. Embora mantendo o referido chassis em forma de “H”, todo o restante projecto foi alvo de renovação. Os testes começaram no final de 1967, e em fevereiro encontravam-se prontos quatro carros, equipados com as magníficas novas carrocerias coupé, para para as 24 Horas de Daytona. No final da prova, terminaram em 5 º, 6 º e 7 º lugares da geral, mas com um impressionante primeiro, segundo e terceiro lugares na classe dos 2 litros. Estes carros de “cauda curta” logo se tornaram conhecidos como T33/2 ‘Daytona’, da mesma forma que os posteriores modelos de “cauda longa” adaptados às longas retas das 24 horas de Le Mans, ficaram conhecidos como os modelos ‘Le Mans’. As novas carrocerias possuiam qualidades aerodinâmica muito superiores, e o motor V8 de 1995c.c. beneficiou também com o significativo desenvolvimento, produzindo 270cv às 9600rpm, que permitiam à versão longa do Tipo 33 atingir quase 300km/h em Le Mans. Refira-se que os T33/2 de fábrica e de clientes privados participaram em 23 corridas em 1968, conquistando oito vitórias.
Concretamente em relação a este chassis com o número 75033.029, trata-se de um dos poucos Alfa Romeo de corrida daquela época, com fortes provas da sua identidade. Segundo o especialista Ed McDonough, “… tanto a Autodelta como a Alfa Romeo mantinham registos muito fracos acerca dos seus carros de competição, não existindo qualquer registro detalhado de fábrica que identifique concretamente quais os chassis que correram em qual evento”.
O próximo leilão da RM no Mónaco, está agendado para os próximos dias 11 e 12 de Maio, no Fórum Grimaldi, em Monte Carlo.
Mais informações em www.rmauctions.com
Texto: Jornal dos Clássicos
Imagens: RM Auctions
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