Muito frio e neve no Planai-Classic deste ano

Eventos 17 Jan 2012

Muito frio e neve no Planai-Classic deste ano

Tempestades de neve, estradas congeladas, muito gelo e nevoeiro. Foi este o cenário que as 47 equipas inscritas no Planai-Classic deste ano encontraram pela frente, ao início da prova, no passado dia 4 de Janeiro.
As preocupações dos participantes com as condições climatéricas adversas não se traduziram directamente na escolha de modelos de carros com palmarés ou provas dadas em rallyes históricos de maior dureza. Assim, para além dos Porsche 356, 911 e 914/6, vários Volvos ou Mini Cooper S, também alinharam modelos como os BMW 2002 Alpina, NSU, Opel Ascona, Skoda R110, Datsun 240Z, Ford Escort RS2000, Fiat Abarth 124, Lancia Fulvia, Austin Healey, MG-A, Mercedes-Benz 230SL e Alfa Romeo Giulia Sprint, algusn dos quais a rodar com de pneus com “pregos”. As equipas especialistas nesta prova Wolfgang e Barbara Stegemann (Alfa Giulia Sprint de 1963), Karsten Wohlenberg / Mike Hoell (Mercedes 230SL de 1964), Pio Weckerle / Werner Gassner (Porsche 914/6 de 1969), Werner Fessel / Peter Schöggl (Fiat Abarth 124 de 1972) e Franz Brachingert / Otmar Schlager (BMW 2002ti de 1972) tiveram oportunidade de mostrar os seus dotes de condução em condições tão extremas.
Se participar na prova congénere Ennstal-Classic é considerado pela organização como “conduzir no último paraíso”, por contraposição, não deve ser difícil de adivinhar o “inferno” por que tiveram que passar os participantes deste Planai-Classic. Mas se já não terá sido fácil fazer a prova no relativo “conforto” de um carro fechado, como deve ter sido num carro aberto, totalmente exposto ao vento e à neve? Aqui entam os verdadeiros heróis deste verdadeiro “conto de Inverno”: as equipas dos dos três carros mais antigos em prova, de cockpits abertos: Christian e Margot Baier, num Lea Francis P-Type de 1927, Johann Kofler e John Gery Hofe, em Sunbeam Super Sport de 1930 e Bernhard e Peter Ehm, num Lagonda de 1936.

Luta pela liderança até ao final

A participar nesta dura prova austríaca estiveram duas lendas dos rallyes: Rauno Aaltonen em Mini Cooper S de 1972 e Björn Waldegaard em Porsche 911 S de 1969. Michael Stoschek – o responsável pelo projecto do “novo” Lancia Stratus – também alinhou ao volante do seu Porsche 914/6 GT de 1970. Apesar das condições extremamente adversas, havia muitos fans nas várias etapas do percurso. Com as temperaturas a variar entre os dois positivos e os dois graus negativos, o gelo foi quase uma constante em muitos dos troços, pelo que os pilotos tinham que demonstrar toda a sua habilidade para não deslizar para fora da estrada. Com uma tempestade de neve tão forte, que até mesmo o funcionamento do teleférico Dachstein foi interrompido, a visibilidade foi também severamente afetada. Especialmente para a equipa alemã de Manfred Grunert e Grundhoff Stefan, em BMW 2002 ti que ficou sem faróis. A luta pela liderança travou-se até ao final. O alemão Karsten Wohlenberg, com o seu navegador austríaco Mike Hoell estavam em segundo lugar na noite de quarta-feira, mas no último dia assumiram a liderança deste Planai-Classic 2012, com seu Mercedes Benz 230 SL de 1964, a penalizar apenas 493 centésimos. Michael Münzenmaier, com o seu filho Maximilian ainda relativamente inexperiente na prova, ainda estava em primeiro, no dia anterior. Mas no dia 12, no final da prova e já com 525 pontos de penalização, tive que se contentar com o segundo lugar, no seu Opel Ascona de 1971.
Wolfgang e Barbara Stegemann, com 535 pontos de penalização, ocuparam o terceiro lugar da classificação geral, com o seu Alfa Giulia Sprint de 1963.
Mais informações em www.planai-classic.at

Texto: Jornal dos Clássicos
Imagens: Planai-Classic

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