Clássicos • 01 Fev 2023
• 22 Nov 1996
Mais de 350 pessoas no encontro anual do M.C.S.
Foi uma festa a 12ª Concentração de Motos Antigas de Sintra. Alguns fizeram mais de de 300 kms para participar, mas houve pilotos com mais de 70 anos e um com apenas nove e, à última hora, apareceram mais 150 pessoas. A culpa é das motos antigas que cada vez têm apaixonados em maior e melhor número.
Claro que a organização tentou resolver a situação da melhor maneira. Todavia, as inscrições tardias trouxeram problemas logísticos que não se podem repetir. No futuro, a documentação tem que chegar mais cedo. De qualquer modo, o Moto Clube de Sintra pode considerar-se satisfeito: 176 motos, entre as quais oito anteriores a 1920. 14 sidecars, várias scooters e algumas motorizadas.
Uma Sintra Diferente
Em Sintra, a manhã de 7 de Setembro passado foi diferente. Cedo, abriu o mercado de peças dando um ambiente muito próprio ao Largo de S. Pedro, habituado a outras mercadorias. Cerca de 30 pessoas instalaram as suas bancas para venda, compra e troca de tudo o que se relacionava com o tema do encontro. De Coimbra veio a Livraria Ascari com os seus livros, enquanto o Vespa Club de Lisboa e o Sidecar Clube de Portugal Traziam o espírito do associativismo ao ambiente. É de bom tom. Depois, pelas 1 1h 15m, perante a curiosidade da população local, foi a largada para a estrada, com os sidecars a abrir a caravana, seguidos das motos mais antigas e as motorizadas.
Os mais rápidos, para evitar entusiasmos caminhavam… na cauda do pelotão. Passeou-se pela bela região saloia, com a Lagoa Azul e o Cabo da Roca como escalas, para já perto do Magoito se fazer uma pausa, nos terrenos circundantes à capela de Janas, pelas 13he 30m. Era tempo de almoço. E, quando chegou à ocasião da distribuição dos prémios, a cerimónia foi longa porque foram mais de três dezenas os contemplados, diga-se escolhidos, porque a votação foi dos próprios participantes na concentração.
Prémios, Muitos Prémios…
Houve de tudo. até a assinatura, por um ano, de Jornal dos Clássicos que não foi por votação: a moto mais antiga era mesmo a NSU de Victor Cruz que, aliás, também foi distinguido com o prémio da melhor máquina dos anos 20. Por direito próprio foram galardoados. com os troféus das melhores motos do encontro. Adérito Tavares, em AJS. também considerada a melhor dos anos 50, e Manuel Novo em Pich. Evaristo Pinto, em Roval Fafield, foi o “piloto mais castigo”.
Enquanto o fotógrafo Homem Cardoso recolheu, para a sua BMW RS, o prémio da moto mais interessante, as motos dos anos 30, 40, 50, 60 e 70 que mais votos mereceram foram, respectivamente, a Harley Davidson 1200 de Amorim Nunes: uma outra Harley, a 45wl de Pedro Nunes; a AJS de Adérito Tavares; a Triumph Boneville 650 de Alexandre Mota e a Norton Comando 850 de Frederico Valsassina. A lista é longa, mas é da mais clementar justiça que se fale dos sidecars de Joaquim Gil (BMW R12) e de Frederico Valsassina (A.J.S.). bem como do Cucciolo de Victor Ourives ou da Saschs Saxonette de José Pisa. Herman Steinel levou a Sintra uma Velocette que foi considerada a melhor máquina de Sport, enquanto a melhor scooter foi a Vespa 50s de António Pinto.
Uma Miss nos Tops
Nos tops apareceram Carlos Gameiro num Triciclo Vespa (a moto mais curiosa), Serafim Barbosa em Fab. Motos (omais criativo), Agostinho Limpo em A.J.S. (o mais pesado!!), C. Macedo em Honda (a melhor japonesa) e Alfredo Tomás numa Parilla, a melhor restaurada. Finalmente, Agostinho Lourenço foi o que mais pedalou, não se deslocasse ele numa “velha” Solex; mas de longe, muito longe, foi até Sintra Afonso Cota que, numa Lambretta, percorreu mais de 300 kms. desde Vila Real de Trás-os-Montes. Falta ainda citar Evaristo Pinto que, nos seus 72 anos, impressionou.com uma bela Royal Enfield e acumulou dois prémios – o do melhor traio e do mais idoso -, encontrando-se no outro extremo da lista. em termos de Bilhete de Identidade, o Nuno Caetano com apenas 9 anitos e uma bela MiniHonda. Ah! E houve uma Miss: Sara Silva, a mais bela desta concentração do Moto Clube de Sintra. Por direito próprio, claro.