Joaquim Jorge e Sebastião Ribeiro: Os Melhores em Castelo Branco

Eventos 21 Nov 1996

Joaquim Jorge e Sebastião Ribeiro: Os Melhores em Castelo Branco

Coube à Escuderia de Castelo Branco reactivar o calendário de ralis, com a prova que assinalou o 225.° aniversário da cidade. Duas dezenas de concorrentes, com a lista a ser preenchida por algumas equipas locais; presença dos habituais homens da frente – Fernando Silva, Joaquim Jorge, Rui Azevedo, notando-se a ausência de Luís Oliveira, algo descontente com aquilo que corre nos “mentideros” – as irregularidades de alguns carros.

Apesar de nem toda a gente concordar – dizia-se mesmo que alguns potenciais concorrentes não tinham alinhado por isso – a segunda secção disputou-se de noite, trazendo à memória dos mais antigos as saudosas noitadas de rali, para mais com o clima ajudar. De tarde, a primeira classificativa provocou baixas de relevo, com Rui Azevedo a não poder mostrar, uma vez mais, o andamento que o levou inicialmente aos primeiros lugares. Vitor David, a estrear um Ford Escort (mais um “avião”!) também desistiu. Fernando Silva e Joaquim Jorge igualavam o tempo…

Nas outras duas classificativas que decidiam esta secção, as vitórias dividiram-se, mas Joaquim Jorge tinha dois segundos de vantagem sobre Fernando Silva ao chegar a Castelo Branco. Em terceiro lugar, Albino Abrantes, no Ford Escort preparado pelos ingleses da HT, que andavam por lá a dar assistência e tudo. Vítor Torres, a estrear um novo motor, não teve sorte e capotou (felizmente sem danos físicos) atrasando involuntariamente o concorrente seguinte, João Abrantes, nada satisfeitos por os Comissários Desportivos terem ponderado nas suas razões, mas sem alterarem a situação – a equipa do Alfa Romeo ficou com o tempo que lhe tinha sido dado. Contingências das provas… Se durante o dia se tinha passado por Ponsul (6,180 km), Monforte (5,710) e Monheca (6), a noite decidia-se com duas passagens por Sarnadinha (8,050) e Santo André (4,810) e uma passagem final por Ocreza (6,090).

O quarto lugar era ocupado por António Silva, o melhor representante de Castelo Branco, que viria a fazer um pião na primeira classificativa nocturna, danificando o carro, mas continuando- assegurando mesmo o quarto lugar final! Entre os carros de menor cilindrada, Fernando Soares impunha o Mini 1275 GT. Na frente, Fernando Silva começou por se impor, recuperando os segundos de atraso e ganhando mais alguns, mas na última passagem por Santo André, o casquilho da alavanca deixava o piloto sem mudanças, problema aparentemente resolvido para o final… mas só aparentemente, ficando com a alavanca na mão e a terceira engrenada. Joaquim Jorge e Sabastião Ribeiro, num excelente final de prova, acabaram por ganhar o rali, desalojando Luís Oliveira e Luís Estelita do comando do campeonato quando faltam ainda disputar três provas Solverde, Maia/Sonae e Camélias.

Classificados

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