Competição • 26 Jul 2021

Competição • 15 Ago 1996
Nas Terras do Morgado
Noutro rumo, outra rota, mas também com sol, o Rali Cidade de Fafe (onde costuma chover e bem…), teve igualmente domínio de Fernando Silva, desta vez acompanhado por Joaquim Bessa, desde que começaram as hostilidades. Joaquim Jorge, de novo, ainda tentou chegar à frente, mas não podia fazer muito mais e acabou por fazer o seu rali, a manter o segundo lugar. Rui Azevedo ficou cedo de fora, depois de uma saída na primeira classificativa, que o deixou fora da estrada até conseguir as “ajudas de custo” – e custou repôr o Escort em movimento…
Serafim Martins, que fizera o quinto tempo logo “por la matina”, ficou por aqui, com um furo e Armando Costa, mais um estreante, ia fazendo o que podia no fim da tabela, com um Triumph Dolomite cuja carburação era um bico de obra. O sistema de “rondes” funciona bem; (S. Salvador, Regadas, Montim, sempre em sequência), mas a lista de desistências foi aumentando – João Passos, que depois das velocidades de Vila do Conde trazia o Imp à vacina dos ralis, ficou com “bricolagem” que chegue para algum tempo, ao capotar – e o mesmo aconteceu com Mário Silva (outro, não “o” Mário Silva…), no Opel 1904 SR.
A verdade é que Silva/Bessa tinham 17 segundos de vantagem sobre Jorge/Ribeiro, no regresso a Fafe, pelo almoço. Oliveira estava acomodado na terceira posição, com o outro Opel de Carlos Alves logo atrás. Seguiam-se Manuel Neto e Alberto Freitas, o piloto do Mini a dominar desde sempre a classe C1.

Para a tarde, mais desistências mas essencialmente mais incidentes; duas passagens por Travassos (diga-se Travassós) e Gontim resolviam o assunto, mas para Joaquim Fidalgo e a sua navegadora Maria Leonor, a hora foi de susto, com um capotamento muito feio, a destruir o Ford Escort, mas a deixar a equipa sem problemas.
E lá vão eles – Silva (a caminho da quarta vitória em quatro participações), Jorge e Oliveira, com Freitas a meter-se ao barulho, por vezes acompanhado por Pombal da Costa, noutro Mini, mas na base do “pode ser que não parta” quanto à roda esquerda da frente, com uma barra soldada depois da partida e com direito a “voar baixinho” até ao primeiro controlo para não penalizar…
Tudo parecia decidido – mas não estava; Silva, no último troço, tem um despiste numa zona de areia e demora algum tempo a voltar à prova… os 37 segundos de vantagem transformam-se em quase cinco minutos de desvantagem e Joaquim Jorge/ Sebastião Ribeiro são os vencedores em Fafe! Com todos estes incidentes, Luís Oliveira toma conta do campeonato – pelo menos por algum tempo, como ele próprio ironiza…
